Há 14 Anos. Palmeiras Era Campeão Da Libertadores De 1999
Foi no dia 16 de junho de 1999,
há 14 anos.
No tempo regulamentar, foi 2 a
1. O Palmeiras havia saído na frente, com Evair aos 19, mas sofreu o empate
cinco minutos depois, com Zapata, que bateria o pênalti decisivo para fora.
Oséas marcou o segundo na etapa
final, levando a decisão para os pênaltis. Na primeira partida, o Deportivo
Cali havia vencido por 1 a 0. Nas cobranças alternadas, brilhou a trave e a
sorte de Marcos, o Goleiro, e o Palmeiras conquistou a Taça Libertadores da
América.
O treinador era Luís Felipe
Scolari. Precisando vencer, o treinador mandou o veterano Evair a campo no
lugar do lateral-direito Arce, uma das armas para cruzamentos desde os tempos
de Grêmio do mesmo técnico.
Evair fez o primeiro gol, mas foi
expulso antes do final da partida. O meia Alex, um dos melhores do time e autor
de dois dos três gols do jogo de volta nas semifinais contra o River Plate, foi
substituído por Euller.
Eram quatro atacantes em campo.
Incrível lembrar que Zinho permaneceu em campo, tinha a confiança do técnico.
Tanta confiança que era de Zinho
a responsabilidade de bater o primeiro pênalti, mas o consagrado atleta mandou
no travessão. Depois, a tensão do torcedor só aumentaria a cada cobrança, até
as duas últimas do Deportivo Cali: uma na trave e outra para fora.
Marcos, que
se consagraria definitivamente pela defesa do pênalti de Marcelinho Carioca no
ano seguinte pela mesma competição, não teve tanto sucesso.
Mas tudo bem. O herói para a
torcida estava no banco. Felipão montou um time menos virtuoso do que outros do
período da co-gestão Palmeiras-Parmalat, mas era uma equipe aplicada, cheia de
raça e com uma sorte genial.
O elenco era muitíssimo superior
ao atual, um padrão fora da realidade brasileira.
O risco que ele assumiu com
as alterações é inacreditável. O que elas representaram em termos táticos – até
o ponto da anulação do esquema tático, porque com quatro atacantes isso quase
deixa de existir – explica porque tanto torcedor é saudoso do treinador.
O time
Cabe lembrar que Junior Baiano
era o zagueiro central depois da fracassada empreitada brasileira na Copa do
Mundo de 1998. César Sampaio e Rogério compunham a parte marcadora do meio de
campo.
O lateral-esquerdo Júnior despontava como valor e Roque Júnior completava
o trio dos que têm o mesmo nome do pai naquele time. Arce pela direita também
vivia um bom momento.
O meia Zinho, já veterano, havia
deixado há muito o padrão "enceradeira" criticado na Copa de 1994,
embora vital para o esquema de então.
Sobre Alex, não é preciso escrever muito
e, passada uma década, não houve um camisa 10 que lhe fizesse sombra nos
domínios de Palestra Itália. Paulo Nunes e Oséas formavam uma dupla de ataque
de respeito.
Entre os reservas, além de Evair
e Euller, havia Rivarola em fim de carreira.
E ilustres desconhecidos. Jackson,
Rubens Júnior e Tiago Silva. Entre os consagrados antes e depois com a camisa
alviverde, havia os goleiros Velloso e Sérgio, o zagueiro Cléber e o volante
Galeano, titular absoluto na empreitada do ano seguinte.
História
Em 2007, o colombiano Fernando
Rodríguez Mondragón concedeu uma entrevistaem que declarava que o Cartel de
Cali havia feito uma tentativa de suborno ao árbitro da partida, Ubaldo Aquino
(Paraguai).
A tentativa só teria fracassado
por resistência de João Havelange. A principal falha na história era que tudo
envolvia o América e não o Deportivo Cali. Pequenininha a brecha.
Na vida real, a trajetória do
Palmeiras foi sensacional, incluiu vitórias sobre o Vasco, Corinthians (nos
pênaltis), River Plate antes da partida final.
No vídeo tem a trajetória
contada em clima de videoclipe:
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